2012

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.” Mateus 24.35-36

Desde meados de 2011, muito se especulou acerca do final do mundo. Dados de estudos Maias citavam o fim do mundo, ou de uma era, em 21/12/2012. E, afinal, qual deve ser nossa posição sobre esse tema?

Nós, Cristãos, seguimos o exemplo de Jesus e seus ensinamentos. Guiamo-nos (ou deveríamos) unicamente pela palavra de Deus e direção do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Sabemos (ou deveríamos) que nossa razão de vida é glorificar o nome de Deus e trabalhar pela expansão do Reino de Deus. Isso, ao longo de nossa vida cristã porque PRECISAMOS disso. Deus não precisa de divulgadores do Reino ou de bajuladores. Isso não é glorificação. O glorificamos porque a cada segundo PRECISAMOS nos lembrar do quanto esse relacionamento com ELE é importante pra nós. Isso é a nossa glorificação diária do Seu Nome.

O problema consiste, portanto, no que deveria ser uma vida cristã. Cada segundo de nossas vidas deveria ser uma oportunidade de glorificar o nome de Deus e ajudar na expansão de seu Reino. Para isso, Deus nos prometeu uma vida abundante de tudo o que precisamos, como saúde, prosperidade, paz, amor, e aprendizado. Uma vida muito boa. Mas, nem só de facilidades, bem estar, prosperidade e prazeres nós vivemos. Não. Vida Cristã também é vida de sacrifício, de renúncia, de agonia, carregar em nós mesmos as marcas de Cristo, ser parecido com Ele, viver o que Ele viveu, sofrer o que Ele sofreu, andar tão próximo dele a chegar ao ponto de ser confundido com Ele. ISTO É VIDA CRISTÃ!!

Estabelecido o que é, e como deveria ser nossa vida, entendemos melhor e ansiamos pela sua vinda como alguém sedento anseia por água. A presença de Deus é como água para nos ajudar a sobreviver.

Conheço um monte de pessoas que vivem repetindo “Maranata!” que significa “ora venha, Senhor Jesus!”. Falta-lhes um pouco mais de amor. Amor pelas vidas que ainda não o conhecem e serão entregues ao julgamento sem que alguém possa advogar suas causas; esse amor nos leva a dizer “ainda não, Pai”. Não porque ainda não compramos nossas casas, ainda não casamos, não conseguimos um bom emprego ou ainda não realizamos nossos sonhos. Não. Mas porque o simples fato de irmos e deixarmos pra trás essa imensidão de pessoas que hoje ANSEIAM não pela água viva, mas pela PORTA LARGA. ANSEIAM por um mundo sem esforço, com muitas facilidades e prazeres momentâneos. Sim, a maioria anseia por isso. E, nosso amor por essas pessoas, deve nos levar a dizer “Ainda não, Pai. Ainda posso fazer mais por elas.”

Citando trecho da mensagem do Pastor Leonard Ravenhill: "Cinco minutos dentro da eternidade e eu creio que cada um de nós desejaria ter sacrificado mais, orado mais, amado mais, suado mais, agonizado mais e chorado mais".

Agonia parece algo muito ruim. E realmente é. Mas agonia aqui citada é quase um sentimento de culpa por omissão. Agonia é sentirmos que poderíamos ter feito mais e não o fizemos porque optamos em viver nossas vidas e sermos felizes. Mas, até que ponto vale a pena sermos feliz desprezando os sentimentos e necessidades dos outros? Lembro que quando fui ao Jardim Botânico, em Curitiba, sozinho, senti de imediato uma tristeza profunda. Ao ser questionado o porquê dessa tristeza, respondi: “Gostaria que minha família estivesse aqui ao meu lado vendo essa maravilha e sentindo o que estou sentindo. Preciso trazê-los aqui”.

Imagino a tristeza que teríamos em estar, como ele falou, por cinco minutos lá no paraíso e saber que a maioria de nossos parentes ficaria aqui. Por isso, quando alguém te perguntar sobre 2012, lembre-se disso: todos estão indo contigo ou falta alguém? A palavra de Deus, em Mateus 24.35-36 é bem, clara quanto a isso: “Daquele dia e hora, ninguém sabe”. E, se ainda resta algo pra falar, pra fazer, ore e faça ainda mais. Não vivemos por causa de previsões astrológicas, vivemos por causa da direção de Deus em nossas vidas. Pense nisso e faça a diferença em 2012!