sábado, 24 de dezembro de 2011

Cristãos no Natal


“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” Atos dos Apóstolos 11.26
  
Independente do tipo de relacionamento familiar que tivemos, das brigas que testemunhamos ou das agressões que sofremos, todos estamos de comum acordo que somos reflexo de nossos pais, do que eles foram de bom e também de seus erros.
A psicologia moderna, que hoje condena agressões a crianças, entende que essas agressões que uma criança sofre podem ficar impregnadas em suas memórias e essa criança tende a repetir as mesmas agressões. Isso ocorre por causa de uma forma deturpada de amor que é atrelada a violência.
Fruto de uma alma doente, com sentimentos mal resolvidos, e pecados não confessados, os filhos se comportam semelhantes aos pais. Em sua maioria, eles também espiritualizam essa doença e deturpam a imagem do Criador e deixam de ser semelhantes a ELE. A figura do bom pastor que guia suas ovelhas se transforma em um ser que usa o cajado pra bater nelas e as ovelhas se transformam em seres ignorantes e burros que precisam disso pra ser guiadas “com amor”. Um pouco de estudo e saberemos que o cajado tem na ponta um grande e arredondado “C” que serve pra orientá-las sem as ferir. Não existe, portanto, a “paulada de amor”.
Com essa mentalidade doentia surge o pecado da idolatria no meio cristão. Desta vez, não através de imagens, mas através de uma visão doentia do nosso Pai e Criador. Afastam-se do Deus Pai, ABA PAI, e cria-se intimidade com um deus que sente prazer em punir aqueles que desobedecem às suas Leis.
Certo que existe a Lei do Senhor, e nem uma vírgula ou um til da palavra do Senhor foi ou pode ser retirada. Sim, Deus é o fogo consumidor. Mas, nesse fogo podemos lançar nossos pecados, nossas fraquezas, nossa adoração e nosso louvor. E o Senhor nos recebe como sacrifícios vivos, sem derramamento de nosso sangue. Porque o sangue que precisava ser derramado já o foi na cruz do calvário.
E, como muitos têm visto nesse deus (que eles mesmos criaram em suas mentes) uma imagem de seus agressores, já não se consegue ter intimidade com o Deus vivo. E surge o esfriamento do amor, porque Deus é amor. E se não existe a presença do amor, o que sobra é a posse e o ciúme, a violência, o distanciamento uns dos outros e por fim a depressão. Isso tudo, por conta de que não fomos criados ou arquitetados (como dizem alguns) para servir e adorar a um deus que nós criamos e sim ao Deus todo poderoso criador dos céus e da terra.
Se não existe o amor, como poderemos servir a Deus? Por isso, muitos têm somente trabalhado para o Senhor, mas não o tem servido porque o fazem para si mesmos. Para serem reconhecidos no altar, para escapar da monotonia dos domingos à tarde, para encontrar alguém para fornicar (e viver no engano e dupla face, se é que posso usar esse termo...). Vivem no ativismo e alguns praticamente moram nos templos, como se pudessem aliviar o fardo que carregam por estarem servindo a um deus que eles mesmos criaram. Vivem no sofrimento e depois desanimam quando descobrem que assim não sumiu aquele vazio em suas almas. Jogam a culpa em quem podem e se afastam de tudo e de todos. Muito triste isso.
O sacrifício de Jesus naquela cruz foi por amor. E ELE já te perdoou porque ELE te ama. Assim, primeiramente, é necessário voltar a amar ao DEUS PAI. Entender que o grande arquiteto do universo não nos deixou no acaso, mas ELE é nosso PAI. O amor Dele por nós e o perdão Dele vai além das estrelas que brilham sobre nós. Como prova do amor, Deus nos deu o Espírito Santo para estar conosco todos os dias e nos perdoou e deseja que sejamos filhos, amigos, que possamos nos parecer com o Pai.
Como é linda a ideia de um filho ser reconhecido por se parecer com seu pai!
E, porque se parecem com o Pai, podem levar a palavra de amor do Pai a todos os demais filhos que ainda não tem um relacionamento íntimo com ELE. Isso é amor pelas vidas. Não é ter discípulos para si, para ter números ou “bater cotas” e poderem ser reconhecidos em sua igreja. Têm-se discípulos por amor. Por amor ensinamos, por amor corrigimos e por amor enviamos para também eles possam ir e dar muitos frutos de amor. Isso é o amor de Cristo aqui na terra. Amamos porque sentimos um amor tão grande dentro de nós que transborda e precisa ser compartilhado com todos.
No dia em que a igreja de Cristo voltar a ter um relacionamento íntimo com o Pai, voltar a deseja-lo bem pertinho todos os dias, e sentir que nada podem sem o amor do Pai, todos entenderemos que o ativismo não salva não cura e não liberta. O ativismo somente cansa e gera ainda mais pessoas doentes e frustradas com seus pais terrenos, consigo mesmas e com o nosso Deus. No dia em que voltarmos a ser imagem e semelhança do Pai, independente da nossa bandeira religiosa, voltaremos a ser reconhecidos em nossas ATITUDES como Cristãos, porque nos parecemos legitimamente com Cristo Jesus!
Feliz Natal e um 2011 maravilhoso para todos nós!!!

“E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.” Romanos 1.23
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” Gênesis 1.26

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011